A incidência de infarto em mulheres de 15 a 49 anos no Brasil saltou de 7,1 mil casos para cada 100 mil habitantes em 1990 para 11,6 mil casos em 2019. Em quase três décadas, o aumento foi de 62%.
Os dados, divulgados em um documento elaborado por sociedades médicas brasileiras, como a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), alertam para o crescimento da mortalidade de mulheres mais jovens por conta de doenças cardiovasculares.
As doenças isquêmicas do coração foram a principal causa de morte entre mulheres e homens no Brasil nos anos de 1990 e em 2019.
O que é doença isquêmica do coração? É uma doença que afeta as artérias do coração. A formação de placas de gordura nos vasos atrapalha a circulação sanguínea e causa isquemia, que é a diminuição de nutrientes e oxigênio para os músculos do coração. Uma das consequências disso pode ser o infarto, que pode levar à morte súbita.
Dor no peito é o principal sintoma de infarto. Mulheres costumam apresentar outros sinais, como dor na parte superior das costas e pescoço, fadiga, náuseas e vômitos. É a chamada angina (sensação de queimação, peso ou aperto no peito que vai até o pescoço, mandíbula ou braço), principalmente após atividade física ou estresse emocional.