TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno neurobiológico manifestado durante a infância e que se faz cada vez mais presente no cotidiano. O distúrbio afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar é caracterizado pela desatenção e impulsividade. Hoje, mesmo com a ampliação do diálogo acerca do tema, muitos pais ainda têm dúvidas sobre o diagnóstico de seus filhos. Afinal, o que caracteriza ou não o TDAH?
Rosângela Batista, neuropsicóloga pela USP, especialista em TDAH pelo CBI of Miami e portadora do transtorno, afirma: O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento, definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade e impulsividade. O início dos sintomas acontecem geralmente antes dos 4 anos de idade e continua sem alterações até os 12 anos, o maior número de diagnóstico acontece entre os 8 e 10 anos de idade, mas quando acontece de ser predominante apenas a desatenção o diagnóstico se torna tardio e aparece apenas na adolescência.”
(Rosângela Batista)
Tais sintomas podem ser percebidos por pais, familiares e professores em situações cotidianas como a incapacidade de permanecer em uma tarefa, distração em excesso, perda de objetos, inquietação e incapacidade de aguardar. Nesse aspecto, também é importante se ater ao desenvolvimento neuropsicológico da criança em níveis condizentes com a idade. O diagnóstico do TDAH é feito através de avaliações médicas de desenvolvimento, educacionais e neuropsicológicas abrangentes e especializadas.
Sobre o diagnóstico, Rosângela pontua: O critério do diagnóstico do DSM 5 inclui 9 sinais de desatenção e 9 de hiperatividade e impulsividade. Eles precisam existir por mais de 6 meses em dois ou mais ambientes, estejam presentes antes dos 12 anos, ou seja desde a infância e interfiram em suas atividades de vida diária trazendo prejuízo.”
Guilherme Teixeira
Mengucci Imprensa e Mídia