Vários estudos têm investigado os mecanismos pelos quais o coronavírus pode invadir o sistema nervoso e provocar inflamação, lesão e disfunção nas células nervosas. Alguns dos sintomas neurológicos podem persistir por meses após a infecção, gerando preocupação sobre os possíveis danos permanentes.
Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) apontou que mais de 6 a cada 10 pessoas tiveram algum nível de “declínio cognitivo” depois da doença. Enquanto 75% dos participantes da pesquisa da UFC não haviam sido hospitalizados pela Covid, um ambulatório do Hospital São José (HSJ) estudou pacientes internados nas duas primeiras ondas da pandemia no Ceará.
Diante desses achados, é importante que os pacientes com Covid-19 sejam acompanhados por profissionais de saúde especializados em neurologia e neuropsicologia, que possam avaliar as possíveis sequelas cognitivas da doença e oferecer tratamentos adequados.