Aproximadamente 30% da população mundial é acometida por algum tipo de tontura, segundo pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em 2019. Porém, de acordo com o médico Silvio Pessanha Neto, neurologista e CEO do Instituto de Educação Médica (IDOMED), vale destacar que as causas nem sempre são derivadas de um único motivo. Segundo Pessanha, a tontura pode ter várias causas e ser atribuída a doenças neurológicas, doenças que afetam o sistema vestibular, alterações emocionais, problemas na coluna cervical, além de fatores cardiovasculares e metabólicos.
O especialista explica que o labirinto, responsável por detectar os movimentos da cabeça e contribuir para o equilíbrio do corpo, deve ser o primeiro a passar por uma avaliação clínica, mas destaca que diversas doenças também podem ocasionar tonturas e cada uma possui tratamento específico.
“Muitas pessoas podem sentir-se tontas ao levantar-se da cama rapidamente, por exemplo. Contudo, quando o 'desequilíbrio' se torna recorrente é hora de buscar um especialista para investigar a possível causa. Nesses casos, vários fatores podem ser responsáveis, como doenças encefálicas, alterações do labirinto, que se localiza na orelha interna ou distúrbios do humor - como ansiedade, estresse e até mesmo depressão -, alteração na taxa de glicemia, colesterol e diabetes”, comenta Dr. Silvio Pessanha Neto.
Por Camila Vasconcelos / Jornalista
Alimentação
Uma forte aliada para combater a tontura é a alimentação. Não parece, mas ela tem uma grande importância e influência em nosso organismo e em nossos neurônios. Por exemplo, consumir alimentos com alta taxa de gordura e/ou sal faz com que o metabolismo acelere, agindo assim como verdadeiros estimulantes neurológicos. O mesmo pode ocorrer com excesso de energéticos e cafeína.
Pessanha aconselha que ao sentir visão turva, pressão no ouvido, enxaquecas, incômodo com o barulho, vertigens e náuseas recorrentes das tonturas, a pessoa deve procurar um especialista. “Sempre que esses sintomas forem persistentes ou recorrentes, é muito importante procurar um médico para que possa iniciar a investigação clínica, solicitar exames complementares e introduzir o tratamento, quanto antes necessário”, finaliza.