No período chuvoso é comum o aumento no número de casos de dengue. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2022 ocorreu, em relação ao ano anterior, um aumento de mais de 160% nos casos de dengue no Brasil, sendo registrados cerca de mil óbitos. Especialistas explicam que é necessário se prevenir contra a doença e, em caso de diagnóstico, redobrar os cuidados.
A enfermeira e professora do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Sandra Bonilha explica que, geralmente, a primeira manifestação da doença é a febre. “Geralmente, acima de 38ºC, de início abrupto e com duração de dois a sete dias, associada a dor de cabeça, fraqueza, dores musculares, dor nas articulações e dor retro-orbitária (dor ao redor dos olhos). Perda de apetite, náuseas, vômitos e diarreia também podem se fazer presentes”, explica.
Agravamento do quadro
De acordo com Sandra Bonilha, em casos de sintomas, o indicado é aumentar a ingesta hídrica e sempre procurar uma unidade de saúde. Ela alerta, ainda, que a automedicação “pode aumentar o risco de hemorragias”, destaca a profissional.
A professora do IDOMED explica que fatores de risco individuais também podem determinar a gravidade da doença, a exemplo da idade: crianças (em especial as menores de 1 ano) e idosos (acima de 65 anos) e gestantes. Doenças associadas como asma, diabetes, anemia, hipertensão, também podem agravar os casos.
Cuidados com a alimentação
Para se recuperar da dengue, é importante seguir uma alimentação saudável e equilibrada. Isso inclui comer uma variedade de frutas, vegetais, proteínas magras e carboidratos complexos, além de evitar alimentos gordurosos, processados e açúcar refinado. Frutas e vegetais são ricos em vitaminas e minerais, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e a combater as infecções. Alimentos como abacaxi, kiwi e goiaba são ricos em vitamina C, enquanto os vegetais verdes escuros, como espinafre e couve, contêm ferro e outros minerais importantes.
Segundo o docente do curso de Nutrição da Estácio e nutricionista Phelipe Aureswald do Amaral, proteínas magras, como peixes, frango e tofu, ajudam a reparar os tecidos danificados pelo vírus e a fornecer energia para o corpo. Carboidratos complexos, como arroz integral, quinoa e batatas, fornecem energia de longa duração e ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue. “Além disso, é importante manter-se hidratado, bebendo muita água e sucos naturais, e evitando bebidas açucaradas e alcoólicas”, orienta Amaral.
Por: Camila Vasconcelos - Jornalista