Os bombeiros militares e servidores da Defesa Civil do Ceará seguem atuando, em conjunto com a Defesa Civil municipal e a Secretaria de Proteção Social. Foram disponibilizadas 200 cestas básicas e kits de higiene pessoal, além de ações preventivas em outros pontos da passagem do rio.
A Voz de Santa Quitéria percorreu algumas das áreas mais prejudicadas, como o bairro Cinzas. Antes chegando na altura da cintura dos moradores, a lâmina d'água ainda estava em grande quantidade dentro dos quintais. Irene Pinheiro compartilha que conseguiu salvar apenas o colchão e a televisão, perdendo todo o restante dos móveis e mantimentos.
Já Albeniza Bezerra, do mesmo bairro, não teve danos em seus pertences, mas relembra o que sentiu: “Passei o dia todo chorando, desde a hora que me levantei que eu vi aquele ‘aguão’ aqui, ‘ave maria’, meu alento só era chorar, não tinha outro meio”, e completa: “as mulheres diziam que eu só procurasse meus documentos, meu cartãozinho do dinheiro, pra nós sair e deixar as coisas, ai eu imaginava ‘e pra gente comprar outras?’ a gente tira da boca pra comprar aquelas coisinhas”.
Além da assistência direta às famílias afetadas, as autoridades estão concentrando esforços na inspeção das barragens de pequeno, médio e grande porte, e seus respectivos sangradouros. Relatos de diversas partes do município indicam que há comunidades isoladas, incapazes de acessar a sede devido ao transbordamento dos açudes e rios, que bloqueiam completamente as passagens molhadas e estradas.
Nas pontes dos bairros Flores e Pereiros, que ficaram completamente tomadas pelas águas, mesmo com considerável diminuição, a travessia ainda continuava impossibilitada.
A voz de Santa Quitéria