O vereador Lindovan da
Silva Oliveira (MDB) apresentou denúncia ao Ministério Público contra o
prefeito Roberto Filho, o secretário de Saúde e o superintendente da Fundação
de Saúde Pública de Iguatu (FUSPI). Ele questiona a legalidade do Projeto de
Lei nº 01/2025, aprovado pela Câmara Municipal, que autoriza contratações
temporárias na área da saúde, apontando violação à Constituição Federal e à Lei
Orgânica do Município.
O Projeto de Lei nº 01/2025, aprovado no dia 3 de
janeiro de 2025 pela Câmara Municipal de Iguatu, permite a contratação
temporária de profissionais de saúde por seis meses, prorrogáveis por igual
período. A medida visa suprir emergências e déficits de pessoal nas unidades de
saúde e no Hospital Regional de Iguatu. No entanto, o vereador Lindovan da
Silva Oliveira alega que o texto apresenta vícios de inconstitucionalidade e
falta de transparência.
Segundo a denúncia, a proposta não especifica
cargos, quantitativos nem critérios claros para as contratações, contrariando
os princípios constitucionais da legalidade e da impessoalidade, além do artigo
76, inciso X, da Lei Orgânica Municipal, que exige a descrição detalhada dos
cargos em projetos semelhantes.
O parlamentar também acusa a prefeitura de renovar
repetidamente contratos temporários, utilizando cooperativas para terceirizar
mão de obra, prática que teria sido considerada fraude pela Justiça do Trabalho
em decisão recente. Em 2024, a Cooperativa de Trabalho de Atendimento
Pré-Hospitalar, contratada pelo município, teria recebido R$ 19,2 milhões,
sendo a quarta maior beneficiária do orçamento municipal.
Na denúncia, Lindovan solicita a instauração de
procedimento administrativo para investigar as irregularidades, a adoção de
medidas para realização de concurso público e a responsabilização dos gestores
envolvidos.
A Promotoria de Justiça deve analisar o caso e
decidir se abre inquérito para apurar as acusações.
Via Luís Sucupira