Há muitos anos, no município de Iguatu, mais precisamente na comunidade do Quixoá dos Lopes, um importante meio de transporte cruzava a região, conectando cidades e trazendo desenvolvimento para as comunidades por onde passava. Os trilhos de trem, agora desaparecidos, foram durante décadas o caminho que ligava Fortaleza a Iguatu e outras localidades do interior, sendo o único meio de locomoção para muitos que desejavam viajar para a capital ou outros destinos. Hoje, esse trecho, que já foi a linha de passagem do trem de passageiros, é lembrado com carinho e saudade por aqueles que viveram o auge de sua utilização. (Foto).
A viagem no trem era uma experiência única, e as paradas nas estações eram momentos aguardados com grande expectativa, especialmente pelos moradores das pequenas localidades ao longo do caminho. Em Quixoá dos Lopes, a passagem do trem era um evento de grande importância. O som do sino, que anunciava a aproximação do trem, causava grande alvoroço. Quando o trem se aproximava, as crianças corriam pelas estradas e gritaram: "Olha o trem!", contagiando a todos com uma alegria contagiante. Para elas, esse momento era motivo de grande festa e uma oportunidade de ver de perto a majestosa máquina que, por muitos anos, foi símbolo de modernidade e conectividade.
Além de transportar passageiros, o trem trouxe um impacto significativo no desenvolvimento da região. Sua presença facilitou o comércio, permitiu a troca de mercadorias e serviços e ajudou a promover a integração entre as cidades. O progresso trazido pelos trilhos foi evidente em diversas áreas da vida cotidiana das comunidades, que passaram a ter um acesso mais rápido e eficiente a outras localidades e à capital.
No entanto, com o tempo, a modernização dos meios de transporte fez com que os trens de passageiros perdessem sua importância. A substituição por veículos automotores, mais rápidos e eficientes, tornou o trem obsoleto, e a linha de ferro foi desativada. Hoje, os trilhos que cortavam Quixoá dos Lopes são apenas uma lembrança do passado, com suas marcas visíveis na comunidade. Onde antes passavam os trens, hoje restam vestígios de um tempo que não volta mais, como o que sobrou dos trilhos e das estações de passagem, que guardam as histórias de uma época em que o trem foi o principal elo entre as pessoas e o mundo.
A saudade é um sentimento que domina as conversas dos mais velhos da região. Eles recordam com carinho e nostalgia os tempos em que o trem era a única opção de viagem e como a chegada da locomotiva representava mais do que uma simples travessia, mas uma manifestação de progresso, conectividade e esperança. Aquelas lembranças, que ainda ecoam na comunidade de Quixoá dos Lopes, são parte do patrimônio cultural da região, marcando um período de transformações que continua vivo na memória afetiva das pessoas.
Hoje, embora os trilhos tenham sido retirados, sua história permanece viva, guardada no coração dos mais velhos e na história da região, que continua a se desenvolver, mas nunca esquecendo suas raízes.
Reportagem: Lucinete Alves/ Jornalista/Registro MTB 3605/CE
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