O segundo debate entre os candidatos à Prefeitura de Iguatu, realizado na última sexta-feira (13), foi marcado pela ausência de Rafael Gadelha (PSD) e Roberto Costa (PSDB). Em contrapartida, o destaque do evento foi a participação ativa de Ilo Neto (PT), que surpreendeu ao mostrar um ‘cartão vermelho’ e fazer duras críticas à atual gestão.
“No dia 6 de outubro, o povo vai usar o cartão vermelho contra o time daqueles que participaram da destruição do nosso município, nos últimos oito anos”, declarou Ilo Neto, enfatizando a necessidade de mudança.
A declaração veio após a falta de justificativa à ausência dos dois candidatos, fato que gerou forte reação dos participantes presentes, que acusaram Rafael Gadelha e Roberto Costa de falta de respeito com o eleitor e descompromisso com o debate, apelidando-os de "arregões", "fujões" e "covardes".
No entanto, esse cenário se justifica pelas movimentações nos bastidores da política local, incluindo uma estratégia similar a que ocorreu nas duas últimas eleições municipais, de retirar candidaturas e fortalecer um candidato supostamente melhor posicionado contra o grupo político do deputado Agenor Neto, pai de Ilo Neto.
O candidato do PSB, Sá Vilarouca, foi o primeiro a enfrentar pressão, mas manteve sua candidatura, embora tenha perdido o apoio do deputado estadual Marcos Sobreira, que alegou que "Sá não deu liga com o povo".
Já nesta segunda-feira (16), o candidato apoiado pela atual gestão, Rafael Gadelha, anunuciou sua desistência na corrida eleitoral pela Prefeitura de Iguatu.
Em resposta a essas manobras, Ilo Neto reafirmou sua posição como o único candidato que não participou nem apoiou a atual gestão. No debate, ele destacou a tentativa de seus adversários de enfraquecer sua candidatura através da retirada de outras, e usou o cartão vermelho como símbolo de protesto e um chamado para que o eleitorado se posicione contra o que considera uma tentativa de manipulação do processo eleitoral.
Reportagem: Beatriz Belchior/Jornalista