Após confirmar a apresentação da banda Ave Sangria, no dia 24 de agosto, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura traz mais uma novidade. O show que celebra os 50 anos de carreira do grupo pernambucano contará com a abertura das bandas cearenses que abririam o show da Ave Sangria em Fortaleza, no mês de junho, mas tiveram agenda cancelada. A partir das 18h30, sobem ao palco do Anfiteatro Sérgio Motta os grupos Comodoro e os Tubarões, Caixão, Os Rarefeitos, Desert Vultures e aliens.wa. Os ingressos, com valor de R$ 45,00 a meia, R$ 50,00 + 1kg de alimento a meia social, e R$ 90,00 a inteira, estão à venda na página da Sympla Bileto do Dragão (bileto.sympla.com.br/event/96481). Os alimentos doados na entrada do Anfiteatro serão destinados à Unidade Central do Ceará Sem Fome, projeto do Governo do Ceará.
Com seu característico rock psicodélico carregado de marcas nordestinas, o Ave Sangria retorna à capital cearense com repertório novo, misturando músicas do primeiro álbum da banda, de 1974, e de seu trabalho mais recente, o disco “Vendavais”, lançado em 2019.
Durante seus cinquenta anos de luta e resistência, o Ave Sangria soube unir o entretenimento à contestação existencial e social, mantendo-se vivo ao longo das gerações. Com trabalhos censurados pela Ditadura Militar, como foi o caso da música “Seu Waldir”, que aborda um caso de amor entre dois homens, o grupo é hoje reconhecido como patrimônio imaterial do Recife.
O show comemorativo dos cinquenta anos da banda promete ser uma celebração épica, em que os acordes enérgicos e os ritmos pulsantes tomarão conta do palco. O público terá a oportunidade de mergulhar em uma atmosfera repleta de nostalgia e, ao mesmo tempo, de renovado entusiasmo.
A banda começou, em 1972, com o nome Tamarineira Village, em alusão ao Greenwich Village de Nova York, à Vila dos Comerciários, região do Recife que era casa da maioria dos músicos, e ao bairro da Tamarineira, onde ficava o Hospital da Tamarineira, versão pernambucana do Hospital Pinel, no Rio de Janeiro. O nome foi alterado por sugestão de uma cigana que os músicos conheceram no interior da Paraíba e que os chamou de “um bando de aves sangrias”.
O primeiro álbum do grupo foi lançado em 1974 e começou a subir nas paradas de sucesso. Mas as letras impactantes das canções autorais incomodaram a Ditadura Militar, que acionou a censura, por meio da Polícia Federal, para recolher o disco das lojas e rádios. A banda, então, se esfacelou e seus membros se dispersaram. A formação original contava com os músicos Marco Polo (vocal), Almir de Oliveira (baixo), Ivson Wanderley (guitarra solo), Paulo Rafael (guitarra base), Agrício “Juliano” (percussão) e Israel Semente (bateria).
Em 2019, depois de as novas gerações redescobrirem o Ave Sangria, a banda lançou seu segundo álbum, “Vendavais”, mais de quarenta anos após o primeiro. Da primeira formação, ainda estão Marco Polo, Almir de Oliveira (violão e voz) e Paulo Rafael (viola e guitarra). Hoje, eles dividem a musicalidade com os jovens Juliano Holanda (baixo), Junior do Jarro (bateria) e Gilú Amaral (percussão).
Formado por Diego Fidelis, Breno Lucas, Mike Dutra e João Victor, a banda tem como inspiração sonora temáticas como geometria sagrada, energia livre, glitch art, relacionando espiritualidade com tecnologias atuais e ancestrais, como uma forma de pensar esteticamente sonoridade e imagética. Com sonoridades que flutuam do denso a mantras eletrônicos provoca reflexões sobre a falta de atenção, os automatismos sociais gerados pelo sistema e o que nos atinge e tira do eixo. A provocativa das canções resgatam o sentido de “existir”.
Banda cearense de stoner rock formada em 2020. Enraizada no legado do rock e heavy psych rock dos anos 70, o grupo encontra inspiração em ícones como Pentagram, Black Cat Bones, Black Sabbath e também em bandas contemporâneas como Radio Moscow, Earthless e Witchcraft. O trio formado por Anastácio Jr (Guitrra/Voz); Jônatas Monte (Baixo) e Kevin Cavalcante (Bateria) busca reviver a estética sonora do rock setentista por meio de composições que trazem consigo o peso e a roupagem marcante do heavy psych rock desértico.
A banda surgiu da ideia de fazer um rock n’ roll intenso, cantado em português com letras sobre existencialismo humano, liberdade, experiências psicodélicas, boemia etc.. A sonoridade é influenciada pelas bandas clássicas dos anos 60 e 70, fazendo uma combinação de elementos dos estilos: progressivo, blues, rockabilly, hard rock, psicodélico, folk, funk e música brasileira. O sexteto foi formado em janeiro de 2017, motivado pela experiência de compor, tocar e gravar músicas nesse estilo ainda pouco explorado no Ceará. O grupo tem 5 singles lançados: “Noite de Rock n’ Roll” (2021), “Canção dos Poetas Loucos” (2023), “Liberdade (2023), “Diabo do Blues” (2024) e Eremita (2024). Atualmente, a banda se concentra na produção de seu primeiro disco intitulado: “Sintéticos e Naturais”.
Nascida em 2018, sob influências do rock anos 60 e 70, a Caixão nos apresenta uma experiência única em viagens sobre texturas musicais que vão desde o Hard Rock, psicodélico, progressivo e até o occult rock, com um visual retrô carregado e músicas em sua maioria instrumentais. Com Ítalo Rodrigo (Guitarra/voz/órgão), Ângelo Sousa (bateria), Anastácio Jr. (Guitarra) e Rafael Oliveira (Baixo), a banda já lançou “Caixão” (2018) e “Da Porta ao Sumiço” (2019), e está preparando a divulgação do seu próximo disco, intitulado: “Entre o Velho Tempo Futuro”.
Projeto de música autoral cearense que mixa a música sentimental urbano-periférico de Genival Santos, Bartô Galeno e Odair José com o rock e o progressivo britânico, mistura inusitada que resulta numa sonoridade única batizada pela banda de “progbrega”. O primeiro EP da banda conta com quatro faixas e foi lançado em novembro de 2021, intitulado “Comodoro & os Tubarões em: um oceano de mágoas rasas”. A banda é composta pelo comodoro de Sousa (vocalista e violonista) e os tubarões Nunez (contrabaixo), Silva (guitarra e teclado) e Lopes (bateria).
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) é um centro cultural da Rede Pública de Equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM).
Férias no Dragão com show de Ave Sangria, celebrando seus 50 anos de carreira, e abertura com as bandas Comodoro e os Tubarões, Caixão, Os Rarefeitos, Desert Vultures e aliens.wa
Classificação: 16 anos. Duração: 230 min. Acessível em Libras
