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A Enel, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica, anunciou um plano de investimento de R$4,8 bilhões. Segundo a empresa, essa verba será utilizada para aprimorar a qualidade dos serviços prestados no Ceará. Ainda de acordo com a empresa, essas ações serão realizadas até 2026.
O comunicado partiu do presidente José Nunes Almeida. À frente da Enel, Nunes participou da oitiva convocada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará para investigar as possíveis irregularidades cometidas pela empresa de distribuição de energia elétrica.
De acordo com a empresa, faz parte da previsão de aplicação do investimento a contratação de novos 1.750 profissionais que visam impulsionar a qualidade do serviço prestado aos consumidores cearenses.
Conforme José Nunes, a empresa também pretende investir em criação, modernização e ampliação de subestações. O valor anunciado para o investimento representa um aumento de 44% na média anual da quantia empregada pela Enel.
São constantes as reclamações dos consumidores do Estado do Ceará em relação ao trabalho prestado pela distribuidora de energia elétrica. Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Opnus revelou que uma parcela significativa expressa insatisfação com os serviços prestados pela companhia.
De acordo com o levantamento, 61% dos residentes no Ceará se declaram “insatisfeitos” ou “muito insatisfeitos” com a concessionária de energia elétrica. Os relatos de consumidores prejudicados também são constantes
Moradores da localidade de Ingá, situada no município de Ararendá, relataram diversos prejuízos acarretados pela falta de energia elétrica. A população local registrou a ausência do serviço no período que foi do dia 8 ao dia 11 de abril.
Segundo o repasse de informações à REDE ANC, a ausência do serviço de distribuição de energia foi acarretada pela danificação de um poste de difícil acesso. De acordo com os moradores, a Enel foi notificada logo em seguida, mas não prestou a assistência em tempo hábil para que a comunidade evitasse a perda de itens e produtos alimentícios.
Em áudio enviado à REDE ANC, uma mulher que preferiu não se identificar relatou o apodrecimento de carnes e o abastecimento hídrico afetado. “As carnes descongeladas já estavam com mau cheiro. As bombas de água que sobem para a caixa e abastecem toda a comunidade também foram danificadas. As pessoas estão pegando água da chuva”, revelou.
Reportagem: REDE ANC
Foto: Divulgação/Internet
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