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A escolha dos presentes para o Dia das Crianças precisa de atenção redobrada

A classificação etária e o desenvolvimento da criança são alguns aspectos que devem ser observados antes da compra dos brinquedos

Publicada em 13/10/23 às 06:48h - 61 visualizações

Rádio Tribuna de Iguatu


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A escolha dos presentes para o Dia das Crianças precisa de atenção redobrada
 (Foto: Divulgação)
Aparentemente inofensivos, os brinquedos podem apresentar inúmeros riscos a crianças e adolescentes, especialmente se não forem levados em conta dois fatores importantes: a segurança do brinquedo e a faixa etária indicativa. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), alguns tipos de brinquedo podem causar lesões físicas, com gravidade variável, levando a atendimentos de urgência e emergência causados por componentes utilizados na fabricação de brinquedos.   

A pediatra e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED) Anette Presciliana Boabaid, cita que entre os tipos de lesões mais comuns causados por brinquedos, de acordo com a SBP estão: perfurações, cortes, lacerações, contusões; asfixia, sufocação, aspiração ou ingestão do todo ou parte do brinquedo; afogamentos; intoxicações (por chumbo contido na tinta); acidentes de captação (dedos, roupas e cabelos) causados por molas, dobradiças ou rodas denteadas; queimaduras e choques elétricos. 

“A responsabilidade sobre a segurança dos brinquedos recai sobre os fabricantes, mas também para os pais e responsáveis pela criança. Muitos deles podem ser armadilhas para diversos riscos. Portanto, a atenção na hora da compra do presente é de extrema importância”, afirma a professora. 

Atenção

A pediatra revela que a SBP, por meio de seu Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente, sugere que pais e responsáveis, no momento de comprar um brinquedo, fiquem atentos em alguns aspectos: “Além de escolher brinquedos que levem em consideração a idade, habilidades, capacidades e interesse das crianças, os pais devem também seguir as recomendações de segurança do fabricante, verificar se o brinquedo possui certificação de qualidade e assegurar-se de que todas as instruções sobre o uso estão claras, e se há informações sobre a presença de elementos inflamáveis ou tóxicos na sua fabricação e sobre como devem ser higienizados”, explica.  
  
Depois da compra, os responsáveis também devem ficar atentos a outros pontos. “O ambiente para brincar deve ser seguro, os responsáveis devem manter supervisão, removendo, por exemplo, as embalagens dos brinquedos por questão de segurança. A higienização e manutenção dos brinquedos também é importante, eles devem ser verificados periodicamente para ver se precisam de reparo ou serem retirados de uso. Outro ponto é o armazenamento, orientando as crianças desde cedo a guardarem seus brinquedos após brincar, para evitar tropeções e quedas. As caixas de brinquedo mais seguras devem ter tampa removível (sem trava de segurança, que podem prender a mão, dedos ou cabeça da criança), aberturas para ventilação e estar longe de janelas ou escadas”, enfatiza a médica. 

Desenvolvimento da criança

A pedagoga Carollini Graciani observa que a classificação indicativa dos brinquedos, que passam por certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), devem ser respeitadas não só por colocar a criança em risco físico, mas também de desenvolvimento. A docente do curso de Pedagogia da Estácio destaca que, caso o brinquedo não esteja de acordo com a idade da criança, ela não entenderá sua função e não conseguirá brincar. 

“Um presente que seria para aproveitar um momento lúdico para se divertir, pode acabar atrapalhando o desenvolvimento da criança se a faixa etária indicativa não for respeitada. As variações de idade existem respeitando o interesse de cada fase dessa criança: dar um brinquedo muito além da idade ou muito infantilizado, pode causar desinteresse”, avalia Carollini.

Por Camila Vasconcelos / Jornalista – IDOMED – IGUATU


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