No Ceará, mais de 230 mil Pessoas com Deficiência (PcDs) estão inseridos no mercado de trabalho formal, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNDA) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatísticas (IBGE). O porteiro de um condomínio residencial de Fortaleza, Emerson de Sousa, 48 anos, está dentro dessa estatística e afirma que superar obstáculos e nunca se achar incapaz é o caminho para muitas conquistas.
Emerson tem o braço direito mais curto devido um erro médico em seu nascimento e disse ter desenvolvido novas habilidades devido a sua deficiência. “O encurtamento me limita bastante com relação ao uso do braço direito, mas não sou menos capaz do que outras pessoas que não têm nenhuma deficiência. Tive que me adaptar e, na minha profissão, consigo fazer tudo o que for preciso”, afirma.
Ele diz que usa o braço direito como um apoio e que 99% das coisas que faz no dia a dia é com o esquerdo. “Foi uma habilidade que desenvolvi, pois antes de ser porteiro fui cobrador de ônibus, operador de caixa e auxiliar de depósito”. Oscar Lima, diretor da administradora de condomínios, prestadora de serviço e facilities Metas, incentiva a inclusão com a contratação de PCDs em sua empresa.
“É política da empresa sempre que abrimos vagas, destinamos uma porcentagem para PCDs, mas ela fica sempre aberta pois, independente da condição física, se temos uma pessoa que gosta de trabalhar e se encaixa na vaga, não há motivo de não termos ela em nossa equipe. Ter o Emerson conosco é muito gratificante pois ele é exemplo de superação e de incentivo para todos que se acham incapaz”, destaca Oscar Lima.
Por Camila Vasconcelos / Jornalista
– IDOMED – IGUATU
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