O jornalista Flávio Tôrres, colunista de social do jornal O Estado, morreu nessa segunda-feira (11), no Hospital Antônio Prudente, em Fortaleza. Não haverá velório e o corpo será cremado, conforme a vontade dele, informou Luciana Tôrres, sobrinha de Flávio.
Antes de se afastar para cuidar da saúde, o colunista escrevia diariamente a coluna Sociedade, na Editoria de Geral do jornal O Estado, onde trabalhou por 55 anos. No mesmo veículo de comunicação, Flávio também editou o caderno Linha Azul, que circulava toda sexta-feira, trazendo assuntos de comportamento e etiqueta social.
Também realizou anualmente a Festa “Noite de Destaques”, com entrega de troféu a diversas personalidades cearenses, dentro das mais diversificadas áreas de atuação. Flávio também trabalhou na televisão, onde dizia o famoso bordão: “Eu aumento, mas não invento e sei tudo o que acontece na sociedade”.
A diretora do jornal O Estado, Soraya Palhano, lamentou a perda do jornalista e amigo. “Foi com muito pesar que recebemos essa notícia. O jornalista Flávio Tôrres foi um grande e querido amigo e, por isso, muito nos entristece a sua partida. Sentiremos falta do seu alto astral, da sua boa energia e da positividade que ele transmitia a todos nós. Flávio era uma pessoa de um coração imenso, uma pessoa única, sempre agradável, gentil e acima de tudo muito leal e verdadeiro”, disse
O fotógrafo Iratuã Freitas, amigo de Flávio, também destacou a tristeza pelo falecimento. “Perder um amigo é sempre muito triste. Eu me aproximei do Flávio pela nossa parceria profissional no jornal O Estado, eu fotógrafo, ele colunista. E, assim, surgiu uma grande amizade. Foi através dele que conheci outra face da sociedade fortalezense, sem bolhas de champagne, nem plumas e paetês. Flávio deixa um rico material histórico para ser analisado, sobre o Ceará e seu ‘grand monde’. Foram mais de 50 anos de jornalismo ferrenho, com muita alfinetada, mas também muito humor, como lhe era peculiar. Mr. Torres fez um colunismo social diferente, engajado, preocupado com pautas de relevância social e cultural, marcado principalmente por suas inúmeras fontes, e como ele próprio dizia, ‘jornalismo se faz com boas fontes’. Vá em paz, meu amigo, siga na luz, vamos todos sentir muita saudade”, destacou Iratuã.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará (Sindjorce) descreveu como um dia difícil para a imprensa cearense e ressaltou a importância de Flávio para a categoria profissional. “Flávio Tôrres, aos 79 anos, deixou uma marca indelével no jornalismo cearense ao dedicar décadas de sua vida como colunista social no jornal O Estado. Seu estilo único e sua habilidade inigualável para retratar os acontecimentos da sociedade cearense fizeram dele uma figura inestimável no cenário jornalístico do Estado.”
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