“Sexo não é para você”, “não vai conseguir cuidar”, “não deveria” e “a criança vai nascer com deficiência”, são alguns comentários que mulheres em cadeiras de rodas ouvem quando falam sobre a possibilidade de ter filhos, além dos olhares de julgamento nos ambientes que frequentam. Tais constrangimentos caracterizam capacitismo, termo utilizado para se referir a discriminação de pessoas com diversidade funcional, ainda persistente no cotidiano.
Priscilla Souza, sexóloga e especialista no assunto, luta para que esse preconceito acabe. Pioneira no debate do tema, vem ganhando popularidade na mídia por seu trabalho acerca da sexualidade de pessoas com deficiência. É também terapeuta comportamental e revela que já conviveu com alguns casos de grávidas cadeirantes. Sobre a discriminação, Priscilla afirma: “O maior obstáculo é o preconceito e a falta de preparo de alguns profissionais de saúde para receber essas mulheres”.
Esse estigma gera um conflito no entendimento social sobre a gestação e a vida sexual dessas pessoas. Afinal, a condição da mãe ou do pai pode ser reproduzida no filho?
Priscilla responde: “ Temos que saber também qual é a deficiência para entendermos os comprometimentos desta. Se é congênita, por exemplo, a minha, eu tenho 100% de chance de passar o gene da minha deficiência para o bebê. Ele leva o gene porque a minha patologia é recessiva. Quando não é congênita, não passa para o bebê. Não são todos que vão ter filhos cadeirantes. Até mesmo quem tem deficiência congênita, pode ter filhos sem, é relativo. Ninguém é igual a ninguém, e os cadeirantes também são diferentes”. Ressalta ainda que mulheres nessa situação devem passar por todo o processo comum de avaliação quando desejam engravidar e que devem cobrar de seus médicos, acessibilidade e um melhor preparo para recebê-las.
Serviço: https://www.instagram.com/priscillasouzapsicologa/?igshid=NTdlMDg3MTY%3D Referências: https://istoe.com.br/mulher/noticia/podcast-retrogosto-85-priscilla-souza-fala-psicologia-comportament al-e-sexualidade-entre-deficientes-fisicos/ https://revistamarieclaire.globo.com/retratos/noticia/2023/06/enfrentei-barreiras-que-permeiam-a-sexu alidade-de-pcds-e-vi-que-podia-ajudar-mais-gente-dep.ghtml Para maiores informações: Eneida, Guilherme e Laura Mengucci Imprensa e Mídia (11) 91323-8097 | mengucci.imprensa@gmail.com