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Última atualização do Monitor de Secas indica aumento da área com seca no Nordeste

Aumento da severidade do fenômeno na Bahia, estado com maior área da região, se refletiu na intensificação da seca nos indicadores do Nordeste. Ceará seguiu livre do fenômeno, enquanto os demais sete estados nordestinos ficaram com intensidade estáve

Publicada em 10/08/23 às 10:18h - 61 visualizações

Rádio Tribuna de Iguatu


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Última atualização do Monitor de Secas indica aumento da área com seca no Nordeste
 (Foto: Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM))

Na comparação entre maio e junho, a última atualização do Monitor de Secas registrou que a área total com seca aumentou em quatro estados do Nordeste: Bahia, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. No sentido oposto, em outros quatro estados houve o recuo do fenômeno nesse período: Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. O Ceará seguiu livre do fenômeno nesses dois meses e teve a melhor condição do Brasil em junho. Nesse cenário, a área total com seca na região saltou de 39% para 56% nesses dois meses.

Entre maio e junho, houve a intensificação da seca na Bahia, o que se refletiu no aumento da severidade do fenômeno na região Nordeste como um todo, já que o território baiano é o maior entre os estados nordestinos. Enquanto o Ceará ficou livre de seca em junho – único nessa condição entre todos os acompanhados pelo Monitor de Secas –, os demais sete estados da região tiveram estabilidade na intensidade do fenômeno nesse período. Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe tiveram somente seca fraca, a mais branda na escala do Monitor. Já no Maranhão e no Piauí as áreas com seca moderada seguiram estáveis. A seguir saiba mais sobre os destaques dos nove estados nordestinos acompanhados pelo Monitor de Secas.

Cenário nacional


Entre maio e junho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em três estados, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em outros três estados, a seca ficou mais intensa no período: Bahia, Pará e Tocantins. A seca ficou estável em termos de severidade em 17 unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. O Ceará foi o único estado monitorado que seguiu livre do fenômeno, que voltou a ser registrado no Paraná. 

Na comparação entre maio e junho, oito estados tiveram uma diminuição da área com seca: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, São Paulo e Sergipe. Em outros nove estados houve aumento da área com o fenômeno: Acre, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. As áreas com seca se mantiveram estáveis em maio em seis unidades da Federação: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Nesse período o fenômeno não aconteceu no Ceará e voltou a ser registrado no Paraná.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTESUDESTENORDESTESUL e NORTE


Duas unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio: Distrito Federal e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 87%.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTESUDESTENORDESTESUL e NORTE


Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de junho, seguido por Mato Grosso, Pará, Bahia e Minas Gerais. No total, entre maio e junho, a área com o fenômeno aumentou de 3,61 milhões de quilômetros quadrados para 4,5 milhões de km², o equivalente a 53% do território brasileiro.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTESUDESTENORDESTESUL e NORTE


O Monitor de Secas


O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.


Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados nordestinos são as seguintes:


  • ALAGOAS: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH)
  • BAHIA: Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA)
  • CEARÁ: FUNCEME, Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE)
  • MARANHÃO: Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (LABMET-UEMA)
  • PARAÍBA: Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA)
  • PERNAMBUCO: Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)
  • PIAUÍ: Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMAR)
  • RIO GRANDE DO NORTE: Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) e Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH)
  • SERGIPE: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (SEDURBS)


O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá e Roraima ainda neste ano.

 

O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 24 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.


A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.


Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)

Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)




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