Na prática, quando os colaboradores perdem o controle, eles também perdem a produtividade na empresa. Com isso, apresentam piores resultados, reprimem suas habilidades e perdem o entusiasmo, a criatividade e vontade de trabalhar.
Isso é o que uma pesquisa feita pela ASTD Workforce Development em conjunto com a VitalSmarts afirma. Segundo ela, um em cada três funcionários gastam cerca de 5 horas de trabalho resolvendo conflitos de gerações. Ou seja, 12% de queda no rendimento.
Quer entender o que fazer para evitar o estresse e a baixa produtividade no ambiente de trabalho, livrando-se de conflitos que podem prejudicar os resultados de uma empresa inteira? Confira nossas dicas.
O primeiro passo, sem dúvidas, é ouvir antes de emitir uma opinião. Isso porque, muitas vezes, um pequeno conflito possui uma causa pouco evidente. Portanto, escute todas as partes envolvidas, extraindo as reais razões do problema.
Em geral, os conflitos entre colaboradores acontecem porque há uma disputa para fazer prevalecer uma opinião sobre a outra. Assim, o fato que interessa acaba se perdendo.
Por isso, uma escuta atenta, sem interrupções ou advertências funciona para, só depois, intervir na situação. Além disso, use as contradições, semelhanças e diferenças de ponto de vista como ferramenta para resolver o conflito.
O feedback permite dar e receber um retorno sobre o desenvolvimento do seu trabalho. Desta forma, o colaborador consegue se aprimorar mais facilmente.
Para isso, o feedback precisa ser feito de maneira construtiva, visando impulsionar o crescimento. Além disso, ele atua como uma ferramenta de comunicação clara, evitando os conflitos ainda em sua raiz.
Por exemplo, caso você perceba que um funcionário não gostou de ser interrompido várias vezes durante uma reunião, é possível elaborar um feedback sobre isso para que a equipe evite que este seja um comportamento frequente.
Uma falha bastante comum entre as pessoas é que, ao tentar resolver um conflito, elas buscam pelo culpado, ou seja, quem começou a divergência. Contudo, antes de apontar o dedo para alguém, descubra uma solução para o problema.
Isso deve ser feito quanto antes perceber o início de um embate. Assim, você evita que pequenas divergências se acumulem e virem uma bola de neve. Para isso, use diferentes táticas, como:
Treinamentos;
conversas pessoais;
coaching;
aquisição de novas tecnologias;
mudança de planejamentos;
variação de metodologias;
dinâmicas;
entre outras.
Isto é, o objetivo é destrinchar os conflitos até eles se esgotarem. Para isso, busque resolver todos os pontos de discordância entre os colegas, sem deixar nada para trás.
Em algumas situações, os funcionários não conseguem dialogar de maneira efetiva porque já estão estressados, nervosos e cansados com o problema. Neste momento, busquem uma pausa e só depois retomem a conversa.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, dar uma pausa não significa postergar a resolução, mas sim encontrar uma condição melhor para desenvolver novas soluções.
Além disso, busque agir sempre com transparência. Converse com todos os funcionários sobre as dificuldades enfrentadas. Deste modo, você evita a fofoca e falsas informações que podem gerar mais problemas.
Sem dúvidas, a maioria dos conflitos começa por conta de uma comunicação ineficiente. A falta de informações claras sobre determinadas tarefas ou sobre a função de cada um na equipe leva a informações inadequadas.
Assim, ao se comunicar com clareza, você estará não só resolvendo os conflitos como também evitando-os. Para isso, veja algumas dicas para aperfeiçoar sua comunicação:
Busque ser flexível;
ouça tudo antes de falar;
evite ambiguidades, isto é, use uma linguagem claro, direta e objetiva;
argumente demonstrando empatia ou tente se colocar no lugar do outro e entendê-lo;
indique soluções e acordos para as dificuldades que surgirem;
não alimente fofocas.
Para evitar que um conflito se alastre por toda equipe, ao identificá-lo, busque ser neutro e imparcial. Neste tipo de situação, mesmo que você queira defender o lado de quem mais se aproxima, evite considerar somente uma opinião.
Por isso, não faça nenhum juízo de valor ou revele suas preferências por algum dos envolvidos. Além disso, reforce que a empresa não pode sofrer prejuízos por conta de divergências pessoais entre colaboradores.
Por outro lado, use as opiniões contrárias que, por ventura, geram conflitos e transforme-as em temas para serem debatidos de maneira estratégica, evitando novos embates. Para isso, dinâmicas com livros e filmes podem ajudar.
Assim que uma solução é encontrada para um problema, ela precisa ser aceita por todos. A partir disso, os envolvidos devem concordar com o que a maioria decidiu e colocar em prática para colaborar para a construção de um ambiente de trabalho agradável.
Essa regra evita e previne muitos conflitos, assim como agilizar o gerenciamento da equipe. Afinal, depois que um plano é traçado, as metas são definidas e as discussões sobre o assunto devem cessar.
Como você viu, conflitos dentro de uma empresa são comuns. Mesmo assim, não costumam ser agradáveis e ainda contribuem para a queda da produtividade e maus resultados.
Nesses casos, um líder, isto é, uma pessoa que tenha espírito de liderança, mesmo que não seja seu cargo na organização, faz toda a diferença para a equipe. Isso porque, apesar de complicado, ele assume as rédeas da situação e age como um facilitador.
Na prática, muitos profissionais já estão se aprimorando para isso com cursos online. Atualmente, existem cursos específicos para resolução de conflitos que valorizam o currículo profissional de quem busca se qualificar no assunto.